sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

1001 + 86 - Um fado para qualquer lonjura

Quis eu por mares desconhecidos
Elevar uma prece desmedida
Para que navegar não fosse caos
Quis eu o intento não me quis as naus

E assim em terras pouso o brasão
Semeio quimeras por todo chão
Vislumbro de soslaio os ares dela
Quis eu o intento não me quis a donzela

Mas se do espaço me olho almejo voo
Vago o céu infinito entre as estrelas
Vou tecendo o desalinho desta contenda
Quis eu o intento não me quis a oferenda


Um comentário:

Primeira Pessoa disse...

a imprecisão do navegar, por terra, água ou ar, veste-se mais uma vez de poesia.

o desalinho se alinha.

abs, broda.

r.