terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

120 - Outra prosa de acalanto

Dispenso qualquer gravidade
Alço-me em vôo e pétalas
Pairo em asas e lábios
Sou o avesso de um sorriso
O que sibila sono e trovão
O que dissipa em preces
A rota fria dos cata-ventos

7 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Como a proteção dos guarda-chuvas ou asa delta a plainar, poesia é ponte, é acalanto, é paraquedas. Cheiro

nina rizzi disse...

o avesso das vicissitudes,
entretudos
prefiro as notas mais graves.

aqui no siará é bom de catar ventos.

cheiro, menino.

Anônimo disse...

Dispensando a gravidade chega-se ao auge.

Adorei!

Beijos.

dade amorim disse...

Olá, poeta!
Vim ver as quintessências e as canções, o sono no jirau. Gosto daqui.

Beijo.

[ rod ] ® disse...

Quando me troco pelo avesso do que nunca fui encontro-me inteiramente eu e, por vezes, o que me desejastes! perfeito meu caro.

ErikaH Azzevedo disse...

Menino , conseguiste conferir leveza à tristeza, coisa rara de se ver...tão bonita!

Dispenso eu tb toda a gravidade, estou hj mais ou menos lunar.

Bjo destes que adoram te sentir.

Erikah

Jorge Pimenta disse...

Especialmente belo o jogo que estabeleces entre o desejo de ser asa, pena, voo, ar e os movimentos circulares e monótonos do cata-vento que, tocando o ar, se conforma com a falsa sensação de liberdade.
Um abraço!